quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

ENTÃO É NATAL

POEMA: JESUS NASCEU, É NATAL!

 
Jesus nasceu. Na abóbada infinita
soam cânticos, vivas de alegria;

e toda a vida universal palpita
dentro daquela pobre estrebaria...

Não houve sedas, nem cetins, nem rendas
no berço humilde em que nasceu Jesus,
mas os pobres trouxeram oferendas
para quem tinha de morrer na cruz.

Sobre a palha risonho, e iluminado
pelo luar dos olhos de Maria,
vede o menino – Deus, que está cercado
dos animais da pobre estrebaria.

Não nasceu entre pompas reluzentes;
nas humildade e na paz deste lugar,
assim que abriu os olhos inocentes
foi para os pobres seu primeiro olhar.

No entanto, os reis da terra, pecadores,
seguindo a estrela que ao presepe os guia
vêm cobrir de perfumes e de flores
o chão daquela pobre estrebaria.

Sobem hinos de amor ao céu profundo:
homens, Jesus nasceu! Natal! Natal!
Sobre esta palha está quem salva o mundo,
que ama os fracos, quem perdoa o mal.

Natal! Natal! Em toda a natureza
há sorrisos e cantos, neste dia...
Salve o Deus da humanidade e da pobreza
nascido numa pobre estrebaria.

FELIZ NATAL AOS AMIGOS E AS AMIGAS VISITANTES DO MEU BLOG!

FILOSOFIA PARA POBRE É LUXO?


Provocou um interessante debate a decisão da Secretaria da Educação de São Paulo de diminuir a carga horária de português e matemática a favor das matérias de sociologia, filosofia e artes. Por causa da repercussão, o governo voltou atrás. Filosofia para pobre é luxo?

Argumenta-se (e com razão) que português e matemática são fundamentais para se construir o conhecimento escolar. E os alunos, como se sabe, vão muito mal, especialmente na rede pública. Seria como servir caviar numa casa que não tem feijão.
Mas se filosofia, artes e sociologia fossem bem dadas (o que é uma hipótese, claro), elas ajudariam a aproximar o ensino do cotidiano dos alunos, fazendo da escola uma experiência mais interessante --e útil. Com um pouco de criatividade, aquelas matérias poderiam ser mescladas com as demais aulas tradicionais como geografia ou português.

Uma escola decente em qualquer parte do mundo é aquela que oferece ao aluno uma diversidade de experiências e aprendizagens que aumentem sua autonomia para viver o mundo. Aí se encaixam as artes, filosofia e sociologia. Não é luxo, é obrigação para a formação de cidadãos mais críticos. Pode compensar a falta de repertório das famílias mais pobres.

Dar português e matemática, como uma aglomerado de fórmulas e regras, é, como sabemos, improdutivo, tamanho seu descolamento do cotidiano. Aumentar a carga necessariamente funciona? Desse jeito, duvido. É apenas mais chatice.

O problema vai além do currículo. O problema é que, além do preparo do professor, a escola decente tem de ser em período integral, com mais tempo para projetos, digamos, alternativos. E não apenas dentro da escola, mas incorporando a cidade com espaço educativo.

Fora disso, quase tudo é obsoleto.


Gilberto Dimenstein
Gilberto Dimenstein ganhou os principais prêmios destinados a jornalistas e escritores. Integra uma incubadora de projetos de Harvard (Advanced Leadership Initiative). Em colaboração com o Media Lab, do MIT, desenvolve em São Paulo um laboratório de comunicação comunitária. É morador da Vila Madalena.

Fonte: FOLHA.com

NOVE EM CADA DEZ ALUNOS DE ESCOLA PÚBLICA NÃO SABEM FAZER CONTAS COM CENTAVOS

Nove em cada dez alunos de escolas públicas brasileiras do 9º ano (antiga 8ª série) não sabem, por exemplo, fazer contas com centavos. Essa é uma das conclusões de um estudo feito com exclusividade para o UOL Educação com as notas da Prova Brasil de 2009. O exame serve para avaliar a proficiência dos estudantes e é utilizado no cálculo do Ideb (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica). Mais de 80% dos estudantes brasileiros estão em unidades da rede pública.

De acordo com o estudo, feito pelo economista Ernesto Faria, 89,4% dos alunos do último ano do ensino fundamental tiveram desempenho “abaixo do básico” e “básico” na disciplina. Isso quer dizer que tiraram notas menores que 300 na prova –em uma escala que chega a 425 em matemática e a 350 em português.

Tirar menos que 300 significa, segundo um documento do MEC (Ministério da Educação) que divide as notas em faixas, que o estudante não consegue fazer operações de adição, subtração, divisão ou multiplicação que envolvam centavos em unidades monetárias, resolver problemas com porcentagens ou reconhecer um círculo e uma circunferência.

Clique na imagem e veja os resultados por Estado no infográfico

As classificações são usadas pelo movimento Todos pela Educação e por alguns Estados para “categorizar” o conhecimento estudantil e têm quatro níveis: “abaixo do básico”, “básico”, “adequado” e “avançado”. Um estudante no nível “básico”, por exemplo, tem domínio mínimo do conteúdo que deveria saber; um do “adequado”, por sua vez, tem domínio pleno.

No caso de matemática, no 9º ano do fundamental, “abaixo do básico” significa uma nota entre 125 e 225; “básico”, entre 225 e 300; “adequado”, entre 300 e 350; “avançado”, entre 350 e 500. Esses números variam com a disciplina e a série.

A situação é um pouco melhor em português: 77,6% dos estudantes do 9º ano das escolas públicas de todo o país não têm o conhecimento adequado para o nível em que estão. Esses alunos tiraram nota menor que 275 e não conseguem, por exemplo, reconhecer “posições distintas entre duas ou mais opiniões relativas ao mesmo fato ou tema”, de acordo com o documento do MEC.


Séries iniciais

Os resultados da Prova Brasil também mostram que quase sete em cada dez alunos do 5º ano (68,5%) não conseguiram atingir o nível “adequado” em português. Eles não sabem, por exemplo, localizar a informação principal em um texto, não entendem uma metáfora ou mesmo inferem o que provoca um eventual efeito de humor no que estão lendo.

Em matemática, o desempenho é praticamente o mesmo: 69,8% têm conhecimentos “abaixo do básico” ou somente “básicos”. Entre os que os estudantes deveriam fazer, mas não conseguem, está ler informações e números apresentados em tabelas ou identificar que uma operação de divisão resolve um dado problema.

A Prova Brasil é aplicada para alunos do 5º e 9º anos do fundamental de escolas públicas municipais, estaduais e federais, de áreas rural e urbana, que tenham, no mínimo, 20 matrículas na série avaliada. O exame acontece a cada dois anos e os dados mais recentes disponíveis são os da prova de 2009.

A divisão por faixas do MEC é a mesma para todos os níveis. Por isso, as notas mínimas para cada uma das categorias é diferente em cada série, já que o estudante vai adquirindo conhecimentos ao longo de sua vida escolar.


Escala não é rigorosa, diz especialista

Para Francisco Soares, especialista em avaliações em educação e professor da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais), a escala montada não é rigorosa e traduz o que o estudante deveria saber. “Esses números são um ponto de corte razoável. A gente não está sendo rigoroso demais. Isso é o estado da educação brasileira, há 15 anos. Nos últimos anos, tem havido algumas melhoras. Mas, ao que tudo indica, elas têm sido produzidas por um número pequeno de alunos”, afirma.

Um total reduzido de estudantes com notas boas pode estar puxando a melhora dos índices nacionais (como o Ideb), apesar dos resultados na Prova Brasil, afirma Soares. “Os números sugerem que há alguns melhores. Eu brinco que, no Brasil, a melhor maneira é treinar [no ensino superior] são ‘Ronaldinhos’. Se você é bom, eu te dou mais, e você melhora. Mas isso não pode ser para a educação básica”, afirma, lembrando que a educação básica é um direito constitucional.

De acordo com Mozart Ramos, conselheiro do CNE (Conselho Nacional de Educação), órgão vinculado ao MEC, os resultados mostram, pelo menos, os caminhos que devem ser seguidos: mais investimento, melhor gestão, maior capacitação de professores e um currículo que estimule o jovem a estudar.

“Do ponto de vista da aprendizagem adequada, a gente ainda está patinando. Isso tanto se aplica tanto no ensino médio quanto no final do ensino fundamental. Onde estamos melhorando de forma de forma constante é nas séries iniciais do fundamental”, diz.

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

HADDA CONSIDERA DESNECESSÁRIA EMENDA SOBRE FÉRIAS ESCOLARES NA LEI GERAL DA COPA

 
O ministro da Educação, Fernando Haddad, classificou hoje (14) como desnecessária a inclusão, na Lei Geral da Copa, da emenda que altera a data das férias escolares em 2014. Para ele, seria suficiente “uma mera recomendação” do Conselho Nacional de Educação (CNE) ou um acordo com o Conselho Nacional dos Secretários de Educação (Consed) e com a União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime).
 
Segundo o ministro, o Ministério da Educação (MEC) está analisando “a questão da legalidade” da proposta já admitida pelo relator da Lei Geral da Copa, Vicente Cândido (PT-SP). “Nós estamos estudando isso do ponto de vista da sua constitucionalidade, do ponto de vista da autonomia dos estados”.
 
Haddad disse não ter preocupação com a inclusão da emenda “porque os estados e municípios sempre se preparam para essas ocasiões”. Segundo ele, em dias de jogos da seleção brasileira no Mundial, independentemente de onde a Copa é realizada, as secretarias programam-se para suspender as aulas. Ele admitiu, no entanto, que “a preocupação agora é redobrada” por causa da realização dos jogos no Brasil.
 
A ideia é antecipar o período de férias de julho para junho. A proposta é apoiada pela Federação Internacional de Futebol (Fifa). O secretário-geral da entidade, Jérôme Valcke, em audiência na Câmara dos Deputados, no mês passado, considerou a questão da antecipação das férias escolares para garantir a “mobilidade humana” durante o torneio.
 
O ministro esteve hoje em solenidade de premiação de professores da educação básica e disse estar terminando seu ciclo no MEC. Segundo ele, sua saída do ministério deverá ocorrer após a segunda quinzena de janeiro, embora não haja uma data marcada. “Estou subordinado à decisão da presidenta”, disse.
 
Fonte: Portal UOL Educação

CÂMARA APROVA PROJETO QUE PROÍBE PAIS DE BATEREM NOS FILHOS


A Câmara dos Deputados aprovou nesta quarta-feira (14) o projeto de lei que proíbe os pais de baterem nos filhos. Votada em caráter conclusivo na comissão especial formada para analisar a proposta, a chamada "Lei da Palmada" não precisará ser analisada em plenário e seguirá direto para o Senado. Existe a possibilidade de o projeto ser encaminhado ao plenário da Câmara, para votação com todos os deputados da Casa, mas para isso seria necessário juntar 52 assinaturas até o prazo de cinco sessões, o que poderia ocorrer só em  2012.

Relatado pela deputada Teresa Surita (PMDB-RR), o projeto prevê que pais que maltratarem os filhos sejam encaminhados a programa oficial de proteção à família e a cursos de orientação, tratamento psicológico ou psiquiátrico, além de receberem advertência. A criança que sofrer a agressão deverá ser encaminhada a tratamento especializado.

As medidas serão aplicadas pelo juiz da Vara da Infância. Teresa Surita destacou que não há, no texto, qualquer previsão de multa, prisão ou perda da guarda dos filhos.

"Dar uma palmada não é crime, não acontece nada com os pais como punição. Não se propõe que se puna ou penalize os pais. [...] Mas a palmada é uma violência, é o início de qualquer agressão. A essência da lei é proteger a criança de qualquer agressão", disse a deputada.

Pelo texto do projeto, crianças e adolescentes "têm o direito de serem educados e cuidados sem o uso de castigo físico ou de tratamento cruel ou degradante, como formas de correção, disciplina, educação ou qualquer outro pretexto, pelos pais, pelos integrantes da família ampliada, pelos responsáveis, pelos agentes públicos executores de medidas socioeducativas ou por qualquer pessoa encarregada de cuidar, tratar, educar ou proteger".

"Na educação de crianças e adolescentes, nem suaves palmadinhas nem beliscões, nem xingamentos, nem qualquer forma de agressão, tenha ela a natureza e a intensidade que tiver, pode ser admitida", afirmou a relatora da proposta no parecer lido na Comissão Especial.

Um dos artigos do projeto de lei prevê multa de três a 20 salários mínimos a médico, professor ou ocupante de cargo público que deixar de denunciar casos de agressão a crianças ou adolescentes. A denúncia pode ser feita ao conselho tutelar ou a outra autoridade competente, como delegado, Ministério Público ou juiz.

A presidente da Comissão Especial, Érika Kokay (PT-DF), defendeu a proposta. "O castigo corporal só muda o comportamento na frente do agressor. Não é um mecanismo eficiente de convencimento, porque não muda a conduta de quem é agredido. Quem é agredido aprende a resolver conflitos através da violência e a subjugar o mais fraco."

De acordo com o texto do projeto, castigo físico é "ação de natureza disciplinar ou punitiva com o uso da força física que resulte em lesão à criança ou adolescente". Já tratamento cruel ou degradante é definido como "conduta ou forma cruel de tratamento que humilhe, ameace gravemente ou ridicularize a criança ou o adolescente".



Castigo ou agressão
Nesta terça (13), a sessão que votaria o projeto foi adiada por falta de quorum, após divergências com a bancada evangélica sobre o trecho que cita "castigos corporais". Os parlamentares religiosos reivindicavam a substituição por "agressões físicas". A sugestão, contudo, não foi acatada por defensores da proposta.

"O que todos querem é que fique 'castigo físico', porque se trata de uma agressão com objetivo de correção, tem caráter disciplinar", disse Teresa Surita. Segundo ela, havia uma preocupação da bancada evangélica de que a lei significasse uma interferência do Estado na família.

"A preocupação é de que não haja uma interferência do Estado na família. Essa lei não é punitiva, ela é pedagógica", afirmou. Durante a o debate na Comissão Especial o deputado Edmar Arruda (PSC-RR), integrante da bancada evangélica, questionou a decisão da relatora de não substituir "castigo" por "agressão".

"Nós dissemos a vossa excelência que não gostaríamos de ver no texto a palavra castigo, gostaríamos que fosse alterado para agressão. Quero saber por que não houve essa alteração, já que tínhamos um acordo", afirmou.

A deputada Teresa Surita, então, explicou que conversou com o líder da bancada evangélica, João Campos, e que ele disse concordar com a manutenção do trecho original. Com a explicação, o deputado Edmar Arruda aceitou votar a proposta.


 
 
Fonte: Portal G1

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

NOVELA SOBRE O ENEM 2011 AINDA CONTINUA





O procurador da República Oscar Costa Filho afirmou nesta sexta-feira (9) que o MEC (Ministério da Educação) foi informado pela Polícia Federal que mais alunos tiveram acesso às questões do pré-teste do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) 2011 antes da prova. O ministério já anulou esses itens para 639 alunos do Colégio Christus, de Fortaleza.

Segundo Costa Filho, os alunos do cursinho também tiveram acesso aos itens. O Inep (Insituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais), órgão ligado ao MEC e responsável pela aplicação da prova, teria sido comunicado após enviar uma carta à polícia questionando se havia indícios de que mais gente teria tido acesso às questões.

"O MEC já está sabendo. Os alunos que tiveram acesso não são só aqueles 639. O próprio delegado informou, os alunos do cursinho do Christus [viram as questões]", diz.

O ministério admite que enviou a correspondência à Polícia Federal há cerca de 15 dias. Questionado o porquê de mandar a carta tanto tempo depois da anulação dos itens, a assessoria do órgão diz não saber o motivo.

No entanto, o MEC afirma que as informações que recebeu da PF não seriam suficientes para provocar mais anulações. As respostas dadas pela polícia, diz o órgão, não seriam “conclusivas”. “A resposta da Polícia Federal manteve o entendimento do INEP de que a anulação das 14 questões deve ficar restrita ao universo de alunos do Colégio Christus”, afirma o ministério, em nota.

No dia 6, a Procuradoria da República no Ceará enviou um ofício à presidente do Inep, Malvina Tuttman, recomendando a anulação das 14 questões em todo o país. Tuttman tem dez dias para se manifestar.

Informações "privilegiadas"


O MPF (Ministério Público Federal) trabalha com a hipótese de que funcionários do próprio Inep teriam deliberadamente colocado no Enem 2011 as questões que estavam nos pré-testes aplicados no Christus. 

De acordo com a procuradora da República Maria Candelária Di Ciero, há "veementes indícios de que o vazamento do Enem 2011 não se teria consumado sem a concorrência a informações privilegiadas oriundas de atores e processos sob responsabilidade do Inep/MEC, o que afasta a hipótese de um fenômeno que teve início e fim, exclusivamente,  no âmbito local".

Questionado, o MEC afirmou que "vê nenhuma ação deliberada no sentido de colocar as questões de forma proposital".

Fonte: Portal UOL Educação

Vazamento de questões do Enem 2011 teria sido maior que o divulgado, diz procurador

PROFESSORES AVALIAM USO DE GAMES EM AULAS

Games ambientados no Oriente Médio para ensinar geografia e história ou um jogo onde você controla a construção de uma cidade para entender o conceito de desenvolvimento sustentável.

Esses são alguns dos exemplos de jogos citados no Games for Change (G4C), que acabou ontem em São Paulo.
Andre Hashimoto, 32, desenvolvedor de jogos na oficina "Brincriação" do Games for Change
Andre Hashimoto, 32, desenvolvedor de jogos na oficina "Brincriação" do Games for Change


"O G4C defende que jogos eletrônicos podem ser fortes ferramentas de educação e conscientização social", afirma Gilson Schwartz, coordenador do G4C Brasil.

Thomas Rodrigues, 26, professor concursado da prefeitura de Itu, era um dos interessados na oficina "Brincriação -a imaginação dos jovens e o poder criativo dos games", que aconteceu ontem no MIS (Museu da Imagem e do Som), na zona oeste.

Rodrigues gosta de dar aulas de inglês com ajuda dos videogames. "Não tem ferramenta mais eficaz. Uso jogos de dança e de aventura, onde digo em inglês o que quero que as crianças façam. Elas aprendem muito rápido".

Lucia Santaella, pesquisadora e professora doutora da PUC-SP, disse no evento que "a escola precisa acordar e utilizar a lógica dos games nas aulas. Eles têm tudo o que é necessário para os estudantes se engajarem".

Apaixonados por games, programadores e interessados por tecnologia se reuniram com pesquisadores acadêmicos e gestores públicos nos quatro dias de evento na USP, no Mackenzie e no MIS.

"Esse foi apenas o primeiro G4C no Brasil. Esperamos que o evento ajude a firmar a ideia de games como instrumento de ensino no Brasil", afirma Schwartz.


Fonte: Portal UOL Educação - Texto de Alexandre Orrico

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

PROTAGONISTAS E ESPECTADORES


Prestes a encerrar 2011, tivemos um ano no qual fomos espectadores de levantes de populações oprimidas em países como Líbia, Egito, Tunísia, Síria. Esses povos clamavam, e alguns ainda clamam por seus direitos, como é o caso da Síria, que já soma perto de 5.000 mortos em nove meses de conflito.

Diz o primeiro parágrafo da Declaração Universal dos Direitos Humanos, proclamada em 10 de dezembro de 1948, que “Todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e em direitos. Dotados de razão e de consciência, devem agir uns para com os outros em espírito de fraternidade”.

Pois é essa carta de direitos, que implicam deveres nem sempre observados, que fascina todos com a promessa de uma vida digna, que supra as suas necessidades básicas: água e comida, saúde, moradia, educação.

Alguns registros


Os direitos humanos são igualmente identificados como direitos essenciais ou fundamentais, porque se referem à essência da vida humana. Toda vida tem o mesmo valor, a despeito de as pessoas nascerem e viverem em culturas diferentes.

Em nosso país temos direitos assegurados pela Constituição e vivemos em uma democracia plena, mas ainda há muito a fazer em defesa dos direitos humanos. Em muitas circunstâncias prevalecem valores individuais e autoritários, que afrontam a liberdade dos demais.

Em agosto, soubemos que o Brasil detém o segundo lugar na América Latina, juntamente com Honduras, na lista que registra o número de assassinatos de jornalistas no exercício da profissão. A informação foi divulgada pela Sociedade Interamericana de Imprensa (SIP).

Também em agosto, a fiscalização do Ministério do Trabalho identificou o terceiro caso deste ano de trabalho escravo no Rio Grande do Sul. Em 2010, a Comissão Pastoral da Terra apurou 204 casos de trabalho escravo no país. O estado com mais ocorrências foi o Pará, com 73 registros.

Outro levantamento da mesma Pastoral da Terra registrou 1.186 casos de violência no campo no Brasil, com 1.580 vítimas desde 1985.


Na questão dos direitos sociais, por exemplo, e segundo informações do Censo 2010, o IBGE divulgou em novembro que cerca de 30% da população indígena de até 10 anos não tem registro de nascimento.  Da mesma fonte, temos que apenas 32,8% dos domicílios da Região Norte, possuem saneamento adequado.

Por uma sociedade mais justa


A Segunda Guerra Mundial foi o grande marco do século passado e, provavelmente, de todos os tempos. Ela provocou a criação da ONU e, alguns anos depois, da Declaração dos Direitos Humanos.

Por mais que alguns digam que a ONU perdeu sua força e importância histórica ao longo dos últimos anos, devemos à declaração as diretrizes para nossa liberdade como indivíduos e, a partir dela, invocamos nosso desenvolvimento como cidadãos.

A cidadania que exercemos através do voto nos permite eleger e fiscalizar nossos representantes no Governo. Ela também nos proporciona a oportunidade de contribuir para uma sociedade mais justa e participativa, sempre que trabalharmos em favor da educação, da ética, da liberdade e da dignidade humana.

Todas as pessoas nascem com os mesmos direitos e esse princípio de igualdade que se sobrepõe a qualquer outra característica de raça, gênero, credo, classe social, econômica ou cultural, é o maior patrimônio da humanidade.

Vivemos em um mundo globalizado, que nos facilita o acesso à informação e rapidamente nos coloca a par das violações aos direitos humanos. Esse mesmo mundo impõe desafios de toda ordem para o exercício de nossas atividades e para o convívio com outras pessoas.


Alimentamos a esperança de que todos tenham as mesmas oportunidades e, em tudo o que fazemos, ora somos protagonistas, ora espectadores, ora ambos ao mesmo tempo.
Por isso, sempre que os direitos humanos são desrespeitados, aqui ou em qualquer parte do planeta, nossa dignidade é arranhada. A vida se desvaloriza e ficamos sujeitos a um processo de involução, no qual o nosso protagonismo deixa muito a desejar.

Texto de Lucina Cano - Portal UOL Educação

BOX TRÁS TRÊS CLÁSSICOS DA PEDAGOGIA DE PAULO FREIRE

Nascido em Recife (PE), Paulo Freire (1921-1997) presenciou a pobreza e a fome durante a infância e foi perseguido pela ditadura militar quando adulto. Conhecida como pedagogia do oprimido, as ideias do educador --que misturam o existencialismo cristão com o materialismo histórico marxista-- inspiraram pedagogos, sociólogos, teólogos e intelectuais vinculados a esquerda. "Box: Paulo Freire" contém três livros do educador.

Em sua obra mais famosa, "Pedagogia do Oprimido", o autor analisa as relações de nossa estrutura social e indica os caminhos para o entendimento de uma pedagogia libertadora e progressista.

"Pedagogia da Autonomia" demonstra sua maturidade, lucidez e vontade de abordar algumas das questões fundamentais para a formação dos educadores(as), de forma objetiva.

No volume "Pedagogia da Esperança" , Paulo Freire recupera da história vivida os temas suscitados pela "Pedagogia do Oprimido" e que permaneceram como núcleo de debates sociais e educacionais dos últimos 20 anos.

Box em edição especial e limitada dos títulos mais vendidos do autor renomado Paulo Freire



quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

VÍDEO: Lei de Diretrizes e Bases da Educação - Profª Geovana Caldeira

ESCOLA ARGENTINA COBRA MENSALIDADE ATRASADA PREGANDO BOLETO NA ROUPA DE ALUNA DE 3 ANOS



Um jardim de infância clandestino na cidade de Salta, Argentina, foi fechado após os donos do local pregarem um boleto de mensalidade atrasada na roupa de uma aluna de 3 anos e a mandarem para casa. A menina pegou um ônibus e foi fotografada pelos passageiros, que, surpresos, colocaram a foto na internet.

Segundo o jornal “Clarín”, o irmão mais velho da menina foi buscá-la na escolinha na última quinta-feira (30) e voltou de ônibus para casa, sem perceber o que estava acontecendo. A foto correu a internet e agentes do governo local foram visitar a escola. Ao chegarem lá, descobriram que o jardim não tinha autorização para funcionar. Após terem a entrada negada pelo dono, a polícia foi chamada e o lugar, lacrado.

A mensalidade era de 150 pesos (cerca de R$ 63). A passageira que tirou a foto disse à rede de notícias TN que acredita que a criança foi exposta. "Na última quinta-feira, a menina subiu [no ônibus] e se sentou à minha frente. Me chamou a atenção o papel que havia em seu peito. Tirei uma foto sem que ela percebesse, disse. 

Na escola, havia salas para crianças de dois, três e quatro anos de idade. Ao jornal argentino pais relataram que a unidade funcionava há seis anos.

Fonte: Portal UOL Educação

EDUCAÇÃO INTEGRAL TEM META CORTADA NO NOVO RELATÓRIO DO PNE

“Oferecer educação em tempo integral para 25% dos alunos das escolas públicas de educação básica”. A previsão está contida na meta 6 do relatório do Plano Nacional de Educação (PNE), que foi apresentado, nesta terça-feira (6/12), na Câmara dos Deputados. O relator da Comissão Especial que formulou o documento, Angelo Vanhoni (PT-PR), modificou o texto original enviado pelo Executivo, que previa 50% das escolas públicas em tempo integral até 2020.

De acordo com o Ministério da Educação, atualmente, 32 mil escolas que fazem parte do Mais Educação – programa de educação integral do governo federal. O número corresponde a aproximadamente 16% das 197 mil escolas que compõe a rede de educação básica do país.

A Campanha Nacional pelo Direito à Educação acredita que a meta 6 poderia ser mais ousada, como estava prevista no texto original. O coordenador do movimento, Daniel Cara, ressalta também que “não se trata apenas de aumentar matrículas, mas determinar quais os níveis de ensino que serão contemplados. Não é possível saber que porcentagem das escolas de ensino médio serão abarcadas”.

O texto do novo relatório contempla escolas do campo, de comunidades indígenas e quilombolas, além daquelas que atendem pessoas com deficiência.

Na terça-feira (6/12), um comitê se reuniu para analisar especificamente como se darão os trabalhos para atingir a meta 6. A diretora de Concepções e Orientações Curriculares para a Educação Básica do Ministério da Educação (MEC), Jaqueline Moll, responsável pelo Mais Educação, disse que a meta é factível e será alcançada.

Segundo ela, os avanços estão sendo realizados em conjunto com o Ministério do Desenvolvimento Social (MDS), já que as escolas do campo e de alunos que recebem benefício do programa Bolsa Família terão prioridade na hora do governo escolher onde implantar o turno integral.

A ideia é que o tempo de permanência dos alunos na escola, ou sob sua responsabilidade, passe a ser igual ou superior a sete horas diárias durante todo o ano letivo. “Horas a mais na escola têm impacto no aprendizado”, lembra o membro do Movimento Todos pela Educação, Mozart Neves Ramos.

Daniel Cara ainda ressaltou o financiamento como uma questão importante. Não existe parcela específica prevista no PNE para a educação integral. Hoje, é investido cerca de R$ 2,5 mil por ano por aluno em escolas de turno regular, considerando que o aluno passa em média 3,7 horas em sala de aula, segundo a Fundação Getúlio Vargas.

Setores do governo já divulgaram previsões de aumentar em R$ 370 o investimento por aluno por ano, para realização de atividades no contraturno. A Campanha Nacional aponta que o valor é insuficiente e os R$ 2,5 mil atuais deveriam praticamente dobrar, pensando na qualidade do ensino.

“Temos que focar não só na oferta de tempo integral, mas em qual educação integral queremos. Uma que leve o aluno a se sentir parte da cidade, levando-o a uma boa inserção comunitária. Há necessidade de um projeto pedagógico e de dinheiro para isso”, afirma Cara. Segundo ele, as estratégias da meta chegam a contemplar a concepção pedagógica.

Já para Ramos, será preciso enfrentar a falta de professores. “Hoje, no tempo parcial, temos dificuldades para arrumar profissionais de física, química, biologia e espanhol. Há desafios também com relação ao espaço escolar.”

O novo relatório do PNE prevê “ampliação e reestruturação das escolas públicas, por meio da instalação de quadras poliesportivas, laboratórios, inclusive de informática, espaços para atividades culturais, bibliotecas, auditórios, cozinhas, refeitórios, banheiros e outros equipamentos”.

Fonte: Portal Aprendiz