quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Professor diz ter sido atingido durante choque entre a categoria e policiais.

Professor Freitas diz que foi atingido por cassetete; Batalhão de Choque afirma que ele foi acertado por objetos arremessados pelos próprios professores. (Foto: Agência Diário)

O professor atingido na cabeça durante as manifestações na Assembleia Legislativa do Ceará na tarde desta quinta-feira diz que foi “pressionado contra a parede” e acertado por um cassetete. “A manifestação já estava controlada, muitos manifestantes já tinham desistido quando eu fui acertado”, diz o Arivalto Freitas. Batalhão de Choque da Polícia Militar diz que paus e outros objetos jogados pelos manifestantes geraram o ferimento.

Freitas é professor de matemática em estado probatório, aprovado no último concurso do Estado. Ele diz que estava no comando de greve “dando apoio” e participava do acampamento na Assembleia que começou na tarde de quarta-feira (28).
 
Em nota à imprensa, a Assembleia Legislativa disse que os professores feridos foram atingidos por objetos arremessados pelos próprios manifestantes.

Segundo o comandante do Batalhão de Choque da Polícia Militar, major Alexandre Ávila, os policiais "fizeram a linha de conteção visando evitar a invasão do plenário". Ávila declarou à reportagem da TV Verdes Mares que o professor foi atingido por paus e outros objetos arremessados pelos manifestantes.

Arivalto Freitas foi levado ao Hospital Instituto Doutor José Frota, no Centro de Fortaleza, com ajuda de outros professores. Ele fez uma tomografia e ficou constatado ferimento no crânio. Ele diz sentir dor de cabeça forte.

O professor diz também que deve evitar as manifestações sindicais nos próximos dias. “Acho que meu estado não vai permitir”, explica. O professor recebeu alta hospitalar por volta de 17h.

Protesto

Os professores realizam protestos na Assembleia Legislativa contra a aprovação do piso dos professores - abaixo do que exige a Lei Nacional do Piso -, votada nesta quinta-feira (29) pelos deputados cearenses em regime de urgência. O líder do Governo na Assembleia, deputado Antônio Carlos (PT), diz que estão abaixo do piso apenas uma quantidade “irrisória” de professores que têm até o Ensino Médio. O deputado diz também que a matéria foi aprovada após ser debatida com integrantes do governo e representantes dos professores. A categoria está em greve desde o dia 5 de agosto.

Fonte: Globo.com

Vídeo de motivação para professores - Eduquem com muito amor

Poesia

As sem-razões do amor
Eu te amo porque te amo,
Não precisas ser amante,
e nem sempre sabes sê-lo.
Eu te amo porque te amo.
Amor é estado de graça
e com amor não se paga.

Amor é dado de graça,
é semeado no vento,
na cachoeira, no eclipse.
Amor foge a dicionários
e a regulamentos vários.

Eu te amo porque não amo
bastante ou demais a mim.
Porque amor não se troca,
não se conjuga nem se ama.
Porque amor é amor a nada,
feliz e forte em si mesmo.

Amor é primo da morte,
e da morte vencedor,
por mais que o matem (e matam)
a cada instante de amor.

Professores do Estado fazem greve de fome

Três educadores intensificaram o protesto contra o governo; cerca de 300 pessoas ocuparam a Assembleia

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Pelo menos para três professores da rede pública de ensino estadual, que participam de vigília na Assembleia Legislativa do Ceará, o alimento está sendo dispensável. Em greve de fome por tempo indeterminado, desde às 11horas de ontem, os educadores só consomem água mineral e água de coco. Eles pretendem intensificar a manifestação da categoria, chamar a atenção da população e sensibilizar os professores que já desistiram do movimento.

Clésio Silva Mendes, 26, Laura Lobato, 53, e José Cláudio de Lima Monteiro, 49, dizem que só suspendem a greve de fome caso a mensagem do governador Cid Gomes, que dispõe sobre a nova tabela vencimental, seja suspensa. "A atual proposta do governador está pior do que a proposta anterior", afirma Clésio Mendes, professor do Liceu de Maracanaú.

Para Laura Lobato, que leciona no Centro de Atenção Integrada à Criança (Caic) do Bom Jardim, tanto a vigília quanto a greve de fome devem fortalecer o movimento, que vem sofrendo um refluxo.

"O que está em jogo não é somente nossa carreira, mas a própria educação. Nós só suspendemos a greve de fome quando alcançarmos nosso propósito. A gente só sai daqui para o hospital ou para o cemitério", ressalta, acreditando que outros companheiros também deverão aderir ao jejum.

Ficar em greve de fome na vigília, contudo, não é fácil, pois os alimentos trazidos pelos demais manifestantes são verdadeiras tentações. "Pedimos para que os outros professores comam longe de nós", diz José Cláudio Monteiro, educador da Escola Professor Plácido Aderaldo Castelo, no Conjunto Ceará.

Na manhã de ontem, durante ato na Praça da Ceart e na Assembleia Legislativa, cerca de 30 alunos da Escola Antonieta Siqueira, do bairro Jóquei Clube, prestaram apoio aos professores. Com as mãos atadas, eles protestaram contra a proibição do uso de instrumentos musicais durante as manifestações.

Entre os professores, o sentimento é que nunca houve negociação. "O governo coloca algumas propostas, que, se não forem aceitas da forma como ele está impondo, ele ameaça exonerar os professores", declara o professor Pascoal Júnior, 37.
Acampamento
De acordo com Reginaldo Pinheiro, vice-presidente Sindicato dos Professores do Ceará (Apeoc), pelo menos na noite de ontem, cerca de 300 professores estavam acampados na Assembleia Legislativa. Colchões, mochilas, mantimentos e várias faixas de protesto são alguns dos elementos que formam o cenário em frente ao Plenário 13 de Maio.

A intenção do Sindicato, explica Pinheiro, é fortalecer a luta para que a mensagem do governador seja suspensa, que, para ele, é inconstitucional.

Segundo ele, até ontem, a greve, que começou no último dia 5 de agosto, contava com a participação de 40% da categoria. Com a vigília, acredita, vários professores que retornaram às salas de aula devem aderir novamente à paralisação, principalmente os temporários, que, temendo perder o emprego, abandonaram a greve. "A expectativa é que mais 40% voltem", comenta. Em Fortaleza, algumas instituições já tornaram a paralisar, como a Escola Flávio Marcílio, no Pirambu.

Sobre a greve de fome dos três professores, Reginaldo Pinheiro afirma que houve uma reunião entre os integrantes do comando de greve da Apeoc para que os educadores ficassem livre para aderir ou não à iniciativa. "A greve de fome é válida, é uma postura corajosa que funciona como mais um movimento de pressão para que o Governo abra, efetivamente, o canal de negociações", ressalta.

Na noite de ontem, Ciro Gomes, irmão de Cid Gomes e ex-governador, participaria de um evento na Assembleia. Entretanto, segundo a assessoria da Casa, ele não compareceu à solenidade para evitar conflitos.
PROJETO DE LEI
Governador envia à AL tabela de salários para nível médio
O Governo do Estado enviou, ontem, à Assembleia Legislativa, o projeto de lei que cria nova tabela vencimental aos profissionais de nível médio. Mas, para o Sindicato dos Professores do Ceará (Apeoc), a mensagem não atende os anseios da categoria, pois, além de violar a carreira do magistério, gera prejuízos na aplicação da Lei do Piso.

O Sindicato Apeoc avisa que os professores ficarão em vigília permanente na AL para acompanhar a tramitação da mensagem enviada pelo governo.
Insatisfação
Ao tomar conhecimento do envio da mensagem ao Legislativo Estadual, os professores, que ontem realizaram ato público na Praça do Centro de Artesanato do Ceará (Ceart), mudaram a estratégia e, em vez de seguirem para o Palácio da Abolição, foram às pressas à Assembleia Legislativa, com o intuito de evitar que a mensagem fosse votada. "Só a chegada dessa mensagem, sem olhar o conteúdo, já é prejudicial ao processo de negociação que nós estamos dispostos a fazer. Ela mexe com elementos importantes para nós, que somos uma categoria composta de uma única tabela", diz Anizio Melo, presidente do Sindicato Apeoc.

Ele explica que, ao separar o nível médio dos outros níveis, a mensagem modifica a estrutura da carreira, mudando o interstício da categoria. "No seu conteúdo, a mensagem é danosa a nossa carreira. No aspecto político, não responde à necessidade de uma semana que nós consideramos decisiva", ressalta.

Apesar da pressão dos manifestantes, a mensagem foi lida no plenário da Assembleia Legislativa e encaminhada em caráter de urgência, o que significa que ela pode ser votada a qualquer momento. Por causa dos ânimos alterados, o presidente da Assembleia, deputado Roberto Cláudio, determinou a suspensão da sessão.

O deputado Antônio Carlos, líder do governo na Casa, afirmou que Cid Gomes deixou muito claro que iria mandar a mensagem à Assembleia Legislativa para não correr o risco de estar em descumprimento com a Lei do Piso para o nível médio. Com aprovação do projeto de lei, 270 professores irão receber o equivalente a R$ 1.187,00.

"Essa mensagem não tem nada a ver com a proposta global em relação ao Plano de Cargos Carreiras e Salários (PCCS), que estava sendo negociado, e independente da decisão judicial determinando a suspensão da greve, ele (Cid) avisou que iria mandar essa mensagem".

Já o deputado Heitor Férrer (PDT) afirmou que a mensagem surpreendeu não apenas os professores, mas também os parlamentares. "É como se o governador estivesse dando uma tapa na cara da categoria", disse.


Fonte: Jornal Diário do Nordeste

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Escolas se preparam para impantação dos tablets e gera muita polêmica.

"Tablets não vão substituir livros. Pelo menos, não agora..."

As novas tecnologias podem se transformar em aliados na sala de aula, avalia o sociólogo André Haguette. Convidado do programa O POVO Quer Saber, ele comentou a polêmica sobre a substituição de livros por tablets.

André Haguette acredita que vai levar muito tempo para que livros sejam transferidos para tablets  (FOTO: MAURI MELO)
 
Os tablets não vão substituir os livros. Pelo menos, não agora. Essa é a aposta feita pelo sociólogo André Haguette durante o programa O POVO Quer Saber. Ele acredita que vai levar muito tempo para que os livros sejam transferidos para esse tipo de plataforma virtual.

“O surgimento de uma nova tecnologia não significa que a outra vai desaparecer. Pode ter uma produção menor, mas não vai ser algo imediato. Isso leva tempo”, destaca. A quinta edição do programa ocorreu ontem de manhã, com transmissão simultânea pela TV O POVO, Rádio O POVO/CBN e portal O POVO Online.

A discussão girou em torno da educação e novas tecnologias. Para o sociólogo, o livro também deve ser encarado como um tipo de tecnologia. A diferença é que o livro gera uma leitura quente, enquanto os e-books são mais frios. “O gosto pela leitura é diferente no livro porque você pode folhear, cheirar. Mas é possível que a próxima geração não tenha esse prazer”, prevê.

O beneficio seria a possibilidade de se comunicar com outras pessoas e instituições escolares à distância. O grande problema é saber se as escolas estão realmente preparadas para a entrada dessa nova tecnologia. “Talvez seja modismo achar que a nova tecnologia pode resolver tudo, mas não é modismo uso de tablets, computadores e e-books em sala de aula”, aponta.

Para isso, os professores precisar estar preparados para a entrada dessa tecnologia no processo pedagógico. “Preparar uma aula eletrônica não é fácil. Os professores podem até saber usar, mas o desafio é ensinar”. Na educação básica, a criança precisa de imagens e símbolos porque fantasia. “Isso, talvez, o mundo eletrônico não ofereça ainda”.

O atrativo do uso do computador é a passagem do conhecimento de forma mais participativa, compartilhando informações. Para isso, a escola terá que se adaptar fisicamente e pedagogicamente também. “A escola tem que se preparar para uma nova forma de ensinar. Isso vai levar tempo”, prevê.

O sociólogo acredita que algumas escolas ainda podem resistir a essas mudanças, mas serão uma minoria. Hoje, o que costuma ocorrer é o uso limitado dessas ferramentas – quando os alunos acabam se mostrando mais avançados tecnologicamente do que o próprio professor.

Outra crítica é para a falta de unidade na proposta pedagógica diante dos avanços tecnológicos. “Se ficarmos correndo atrás de cada novidade tecnológica que aparece no mercado, não vamos chegar a lugar nenhum”.

Por fim, Andre Haguette aconselha que o professor trabalhe com o que sabe, mas que procure se despertar para novas tecnologias para poder crescer. “É preciso ensinar a partir do que se sabe”.

O quê
ENTENDA A NOTÍCIA

As novas tecnologias devem ser encaradas como processo gradual nas escolas. Para o sociólogo André Haguette, a educação pode ser beneficiada, contanto que escola e professores estejam preparados para as mudanças.
Saiba mais
Mesmo com a explosão de vendas de tablets no Brasil, a produção de livros continua em ascensão. Segundo o sociólogo André Haguette, a transferência do livro para o e-book gera um custo adicional e que leva tempo.

Os tablets também não estão nem perto de substituir os computadores convencionais. Este ano, a previsão é que sejam vendidos 800 mil tablets e quatro milhões de computadores tradicionais.

O sociólogo criticou a falta de resolutividade sobre o longo período da greve dos professores estaduais. “Sem educação não há desenvolvimento”.

Há um desinteresse no País quanto à procura por formação pedagógica. Os baixos salários e a falta de incentivo são apontados como principais causas para as vagas ociosas. “Professor deveria ganhar mais”.

Para o sociólogo, o resultado gerado pela municipalização do ensino não foi como o esperado. “Tínhamos muita esperança que a municipalização fosse trazer benefícios, mas os resultados foram pífios”.

Ele destacou o programa de Alfabetização na Idade certa (Paic) como uma grande iniciativa, mas alertou para a descontinuidade nos êxitos educacionais em alguns municípios por questões políticas. “Às vezes, ocorre uma descontinuidade no processo porque o novo prefeito não dá tanta importância à educação como o da gestão anterior”.
EntrevistadoresErick Guimarães. Diretor-adjunto de Redação
Sara Rebeca Aguiar. Repórter do Núcleo de Cotidiano do O POVO
Regina Ribeiro. Editora das Edições Demócrito Rocha
Michel Victor. Editor de conteúdo digital do portal O POVO Online

domingo, 25 de setembro de 2011

Projeto moderniza sete bibliotecas públicas em Fortaleza

Espaços de leitura de Fortaleza foram contemplados com investimento do Ministério da Cultura


 
 


Em uma biblioteca, os livros não são os únicos responsáveis por atrair o público. Quando o ambiente é aconchegante, a leitura se torna mais agradável. Neste mês, sete bibliotecas públicas de Fortaleza foram contempladas pelo Projeto de Modernização de Bibliotecas Públicas Municipais, do Ministério da Cultura, que incentiva a ocupação desses espaços por meio da renovação do mobiliário.

Os locais ganharam novas mesas, cadeiras, estantes, quadros de aviso, ventiladores e até pufes, que agradam a todos. Na Casa Brasil do Antônio Bezerra, por exemplo, os novos objetos deixaram a biblioteca mais organizada. As cinco estantes que existiam no espaço foram doadas por uma moradora do bairro, conforme explica Joana D´arc Oliveira, coordenadora da biblioteca.

"Agora, com as novas estantes, os livros doados pela comunidade, que estavam encaixotados por falta de espaço, serão expostos", comemora Joana D´arc, informando que o acervo da biblioteca conta com uma média de 2 mil exemplares. No entanto, conforme ela, o espaço tem sido pouco explorado pela comunidade, pois passou três anos fechado devido à falta de pagamento aos funcionários, mas reabriu em junho deste ano. "Estamos entrando em contato com os antigos usuários para que eles voltem a frequentar a biblioteca", comenta.
Renovação
O estudante Symeone Allyson Noronha, 17, todos os dias, pratica natação no Centro Urbano de Cultura, Arte, Ciência e Esporte (Cuca) Che Guevara, na Barra do Ceará. Depois do esporte, ele sempre passa na biblioteca para ler contos. Diz que o local ficou melhor com a chegada dos novos objetos, principalmente dos pufes. "A leitura fica mais agradável", ressalta.

Assim como a Casa Brasil do Antônio Bezerra, a biblioteca do Cuca também dispõe de quase 2 mil livros. Em relação à renovação do lugar, a diretora de Formação do Cuca, Juliana Marinho, acredita que as bibliotecas precisam deixar de ser vistas apenas como espaços formais e passarem a ser associadas também a lugares prazerosos.

Conforme o assessor da Coordenação de Literatura da Secretaria de Cultura de Fortaleza (Secultfor), Nixon Araújo, o Ministério da Cultura investiu R$ 420 mil para mobiliar as sete bibliotecas. "É uma forma de levar cultura também para a Periferia. A Prefeitura vem trabalhando para que isso aconteça", declara, adiantando que cada unidade receberá, ainda, mais de mil exemplares de obras de diversos gêneros.
Enquete

Iniciativa aprovada

"Uma biblioteca organizada incentiva a gente a ler mais. Achei essa ideia muito interessante"Miguel Ângelo da Costa
10 ANOS
Estudante

"Com as coisas novas, dá vontade de passar mais tempo na biblioteca para melhorar a leitura"
Celiane Pereira da Silva
10 ANOS
Estudante

"Acho que a gente deveria crescer na biblioteca. Tem muitos livros e é ainda um bom lugar para refletir"
Maria Vitória Lopes9 ANOS
Estudante

Fonte: Jornal Diário do Nordeste

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Ministro vê ampliação como forma de reduzir as diferenças sociais

O ministro da educação, Fernando Haddad, disse nesta quarta-feira, 21, na abertura da 15ª Reunião Ordinária do Conselho Nacional de Política Cultural, que o país deve lutar pela expansão da jornada escolar como forma de diminuir a distância entre estudantes ricos e pobres. Recentemente, o ministro propôs amplo debate sobre a ampliação da carga horária escolar de 200 dias ao ano, como prevê a Lei de Diretrizes e Bases [nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996], para 220.

Haddad reiterou que, até o fim do atual governo, pelo menos 40 mil escolas públicas de educação básica estarão incluídas no programa Mais Educação, pelo qual o Ministério da Educação oferece recursos e capacitação de professores para a implantação do ensino integral. “Até o fim da década, 50% das escolas brasileiras oferecerão ensino integral”, afirmou. “Não há um modelo engessado, mas um modelo ideal que precisa ser explorado.”

O ministro disse ainda que o plano de cultura precisa ser pensado de forma a estar integrado com os esforços da educação. “Precisamos criar uma agenda forte com a cultura, não apenas no papel, ou não poderemos dar o salto de qualidade educacional que pretendemos”, salientou.
Fonte: Portal MEC

Secretários e técnicos debatem currículo e escola integral

As possibilidades da escola na construção do currículo, tempos e espaços da educação integral, expectativas de aprendizagens, cultura digital, entre outros temas, serão abordados no encontro Currículo e educação integral na educação básica: desafios e possibilidades, que começou nesta quarta-feira, 21, e segue até sexta, 23, em Brasília. Participam secretários municipais e técnicos de secretarias estaduais.

A secretária de Educação Básica do Ministério da Educação, Maria do Pilar Lacerda, que participou da abertura do evento, destacou o quanto foi oportuno unir as questões sobre currículo e educação integral em uma mesma diretoria do MEC para que se tenha uma visão mais integrada da escola. Segundo ela, “a escola de educação integral é a vanguarda de um projeto que efetivamente está mudando a educação no país.”

Já a secretária Municipal de Educação de Belo Horizonte, Macaé Maria Evaristo, que apresentou as experiências da capital mineira com a educação integral, defendeu que os gestores pensem o regime de colaboração entre os entes federados não apenas no quesito do financiamento. “É preciso construir responsabilidades também com a trajetória escolar das crianças e jovens.”

Questões como o tempo e espaço da educação integral e percursos formativos foram apresentadas pelos pesquisadores Luiz Percival de Brito, da Universidade Federal do Oeste do Pará, e Bia Goulart, da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Bia, que tem formação em arquitetura, apresentou dados de seus trabalhos sobre a relação da escola com a cidade. De acordo com Maria do Pilar, o Mais Educação, desenvolvido pelo MEC, é uma proposta contemporânea que provoca o diálogo da escola com a cidade.

Mais Educação – Atualmente, cerca de 15 mil escolas públicas participam do Mais Educação. O programa foi iniciado em novembro de 2008, com a participação de 1.380 escolas, em 55 municípios de todas as unidades da federação, beneficiando 386 mil estudantes. Em 2009, foi ampliado para 5 mil escolas, em 126 municípios, com atendimento para 1,5 milhão de estudantes. Em 2010, 389 municípios aderiram ao programa, que foi estendido para cerca de 10 mil escolas e beneficiou 2,3 milhões de alunos.

Fonte: Portal MEC

Vídeo Dia da Árvore

O ensino de música

O que é música?

A música está intimamente ligada às tradições e à cultura das sociedades na história. Compreender esta linguagem é chave para construir a sensibilidade.

Crianças tocam chocalhos e outros instrumentos de percussão
 
No dicionário Houaiss da Língua Portuguesa, o termo música é definido como a arte de se exprimir por meio de sons, seguindo regras que variam conforme a época e a civilização. No âmbito da Educação Musical, contudo, a música deve ser entendida como linguagem artística, imprescindível para a formação humana dos alunos. As composições, interpretações e improvisações que comumente chamamos de "músicas" são, na verdade, produtos desta linguagem.

Aprender música na escola significa, portanto, aprender a se expressar por meio dos sons e desenvolver habilidades como o canto, a execução instrumental, a audição e a improvisação sonora. O desafio, agora, é considerar toda essa diversidade da produção musical brasileira e mundial (que está em discos, filmes, na internet, nas canções, ou no som puro da voz e dos instrumentos) e leva-la para a sala de aula de maneira planejada.

Segundo os Parâmetros Curriculares Nacionais de Arte, para que a aprendizagem de música faça sentido na formação cultural e cidadã dos alunos desde as séries iniciais, é necessário que todos tenham oportunidades para participar ativamente como ouvintes, intérpretes, compositores e improvisadores de sequências rítmicas, dentro e fora da sala de aula. Diz o documento: "A escola pode contribuir para que os alunos se tornem ouvintes sensíveis, amadores talentosos ou músicos profissionais. (...) Ela pode proporcionar condições para uma apreciação rica e ampla, onde o aluno aprenda a valorizar os momentos importantes em que a música se inscreve no tempo e na história".

A música já é um conteúdo obrigatório em toda a Educação Básica, ministrado por professores especialistas ou unidocentes. É o que determina a
Lei nº 11.769, de 18 de agosto de 2008, que acaba de entrar em vigor. Cabe aos educadores organizar as aprendizagens fundamentais da linguagem musical para que os alunos construam conhecimento crítico e sensível, para além da vivência de jogos musicais e das aprendizagens da escrita musical - que, evidentemente, integram um bom planejamento do ensino de música até o final do Ensino Fundamental.

A especificidade do trabalho no 1º e 2º anos

Percepção e apreciação são palavras chave para o trabalho com o 1º e o 2º anos. Nas séries iniciais, as crianças percebem a música enquanto linguagem. Isso significa desenvolver a percepção auditiva com relação aos elementos básicos da linguagem musical: o pulso, o ritmo, o compasso e as notas musicais (veja o significado desses termos no
glossário). Para isso, é fundamental trabalhar com a turma os quatro parâmetros do som: intensidade (sons fortes e fracos); timbre (que permite distinguir sons em uma mesma frequência ou em uma mesma intensidade - o som do violão é diferente do violino, por exemplo); altura (sons graves e agudos) e duração (sons lentos e rápidos).

Nessa fase, ofereça aos alunos diferentes experiências e coloque as crianças em contato com o nosso patrimônio musical. Atividades para ouvir e cantar cantigas de roda, temas do folclore nacional, internacional e clássicos da canção popular não podem faltar no planejamento. São momentos importantes para a formação do gosto e a construção do repertório dos alunos.

Fonte: Revista Nova Escola

Ensino de Música - O roteiro em 1 minuto para alunos do 1º e 2º anos do Ensino Fundamental

sábado, 17 de setembro de 2011

Indisciplina: Erro 1 – Disciplinar toda a sala de uma só vez

Alerto que, as causas da indisciplina dentro da Escola são várias tais como: Família, Gestor, Governo, a Mídia, etc, etc., porém não serão objetivo deste artigo no momento.

Já disse em outros momentos que dentre todos esses “personagens” o único que temos controle é sobre o NOSSO comportamento. Assim será muito mais inteligente e menos penoso fazer os ajustes que forem necessários nos nossos comportamentos, que ficar dando murro em ponta de faca tentando mudar os comportamentos das outras pessoas.

Mas, vamos ao Erro no. 1 que eu cometia que era: Disciplinar toda a sala de uma só vez. Nos meus dias de Faculdade haviam dito que ao entrar na sala de aula eu deveria mostrar respeito, que ao fazer isso, em contrapartida os alunos também teriam respeito por mim.

Era mais ou menos assim: “ Entre na sala de aula e diga a todos que você exige respeito e silêncio “ . Nisso se resumia o ensino de “gerenciamento da sala de aula” na Faculdade. Logo descobri a precariedade desse “ sistema” quando comecei a dar aulas.

A luta era inglória: de uma lado a Professora recém formada (eu) e do outro 40 alunos com 15 anos de “praia” cada um com vasta experiência em tumultuar a sala de aula. Quem vocês acham que vencia todo o tempo ?????

Lá estava eu gritando o tempo todo “fiquem quietos”, no começo até ficavam por 5 segundos, depois começavam tudo novamente. A pergunta aqui é: “ Será que eles não me ouviam ? “ . Claro que eles ouviam.

E mesmo assim eu ficava o ano inteiro tentando disciplinar a sala toda de uma só vez. Você já deve ter assistido algum filme de ação onde chega um momento em que o mocinho tem de lutar com 15 pessoas, e se você reparar bem, ele não luta com os 15 de uma só vez, e sim com UM de cada vez.


Agora pense por um minuto, se o mocinho luta com um por vez, porque você acha que conseguirá disciplinar toda a sala de uma só vez? A resposta é: você não conseguirá !!
Dica no. 1) Eles obedecem não é porque você FALA para ficarem quietos, Eles obedecem porque você toma uma AÇÃO e com isso eles recebem uma CONSEQUÊNCIA.

O que deve ser feito é, pegar um aluno, isso mesmo, apenas um aluno de cada vez. Voltando a luta do mocinho no filme você observará que sempre que ele começa a luta, e já derrota os 5 primeiros, os demais sabendo que serão derrotados, desistem e…..fogem…

A analogia com o mocinho é para que fique claro que, uma vez que você neutraliza alguns alunos, o restante da turma desistirá da bagunça com temor das conseqüências.

Frente a uma situação de indisciplina sempre pense da seguinte forma: “ Qual ação poderei tomar aqui”, ao invés de “ o que eu digo para esse aluno”. Pois não se trata do que dizer, mas do que fazer.

Dizer para o aluno: “ Atila, já mandei você ficar quieto senão você vai ver…?!” . Vai ver o quê? Na verdade você precisa impor ao Atila uma conseqüência que ele de fato sinta, e que o restante da classe pense “ eu não queria estar no lugar dele “.

Lembra que falei anteriormente em você escolher um dos alunos que estiver fazendo a bagunça, ou ocasionando o tumulto na sala ? Mas qual deles ? Aqui vai um pequeno exercício para você treinar ? Escolha uma das opções:

a) escolher a aluna quieta que está estudando lá no fundo da sala, pois será mais fácil lidar com ela
b) escolher o aluno mais falante da turma
c) escolher aleatoriamente qualquer aluno
d) escolher o aluno que sempre provoca e lidera a confusão

A opção correta é a ‘D’; afinal ao neutralizar o líder, os demais estarão sem direção e poderão ser liderados pelo Professor.

Aborde esse aluno calmamente com uma voz firme, e os outros alunos logo darão atenção a situação ficando quietos e atentos, pois o que eles estão esperando é ver quem vai ganhar esse embate.

 Assim, você caminhará até o Atila e já deverá ter traçado a conseqüência que fará o Atila tremer. A chave aqui é que a conseqüência tem de ter um peso que incomode o aluno. Quando a classe vê o que acontecerá ao Atila, os ânimos logo se acalmam.

Alertando: quando uma situação ocorrer na sua sala de aula, detecte sempre o líder, aquele em que os outros sempre seguem. Aposto que você já até sabe quem são eles na sua sala de aula.

Com certeza o Atila, furioso, lhe fará perguntas do tipo : “ Porque eu ? O que foi que eu fiz ? “ . Você simplesmente ignorará qualquer tipo de protesto, pois a pior coisa a fazer é bater boca com aluno (isso veremos no Erro no. 2).

Dica no. 2) Dividir para Somar

Aprendi que quando eu disciplinava a sala inteira, dando advertência ou suspendendo todos de uma vez, eu fortalecia o senso de grupo que os alunos tinham entre si. Eles eram um grupo, e eu era o inimigo. Lembra o lema dos “3 Mosqueteiros” , “um por todos e todos por um “. Eu os fazia sentir que faziam parte de algo maior.
Assim a saída encontrada foi dividir o grupo, provocar uma rachadura, isolar o líder. Ao fazer isso o grupo “órfão” do líder precisava ser acolhido, mas agora pelo Professor.

Por isso, se amanhã, os “Atilas” da sua sala insurgirem com desrespeito e indisciplina, não tente discipliná-los todos de uma só vez. Isole primeiro o líder, e depois isole o próximo, se for necessário.

Veja que apenas fazendo ajustes na maneira de como você lida com essas situações já fará uma enorme diferença na qualidade das suas aulas e no rendimento do seu tempo. Comente no blog os resultados que você conseguiu com esses ajustes.

Texto de Roseli Brito -

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Por que jovens de 15 a 17 anos estão na EJA

Conheça os motivos que fazem com que adolescentes estudem na Educação de Jovens e Adultos


Ilustração de Fabrícia Batista com fotos de Benonias Cardoso, Gustavo Lourenção, Janduari Simões, Marcelo Almeida e Raoni Maddalena
 
A presença de adolescentes na Educação de Jovens e Adultos (EJA) no Ensino Fundamental é preocupante: quase 20% dos matriculados têm de 15 a 17 anos. O número de alunos dessa faixa etária na modalidade não tem sofrido grandes variações nos últimos anos, apesar da queda no total de matrículas (28,6%). Dados da Ação Educativa com base nos Censos Escolares indicam que, em 2004, eram 558 mil estudantes e, em 2010, 565 mil. O cenário tem chamado a atenção dos especialistas da área. Por que esses adolescentes estão frequentando a modalidade, em vez de estar na Educação Básica regular? São vários os motivos (leia na última página os depoimentos de 13 estudantes). Alguns extrapolam os muros da escola, enquanto outros têm a ver diretamente com a qualidade da Educação, ou seja, envolvem o Ministério da Educação (MEC), Secretarias Municipais e Estaduais, gestores e, é claro, os professores que lecionam na modalidade.

Três grandes questões sociais fazem com que, todos os anos, muita gente desista de estudar ou então deixe a sala de aula temporariamente:

- Vulnerabilidade Muitos estudantes enfrentam problemas como a pobreza extrema, o uso de drogas, a exploração juvenil e a violência. "A instabilidade na vida deles não permite que tenham a Educação como prioridade, o que os leva a abandonar a escola diversas vezes. Quando voltam, anos depois, só resta a EJA", diz Maria Clara Di Pierro, docente da Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo (USP).

- Trabalho A necessidade de compor a renda familiar faz com que muitos alunos deixem o Ensino Fundamental regular antes de concluí-lo. O estudo Jovens de 15 a 17 Anos no Ensino Fundamental, publicado este ano na série Cadernos de Reflexões, do MEC, revela que 29% desse público que está matriculado do 1º ao 9º ano já exerce alguma atividade remunerada, sendo que 71% ganham menos de um salário mínimo. A dificuldade de conciliar os estudos com o trabalho faz com que mudar para as turmas da EJA, sobretudo no período noturno, seja a única opção.

- Gravidez precoce A chegada do primeiro filho ainda na adolescência afasta muitos da sala de aula, principalmente as meninas, que param de estudar para cuidar dos bebês e, quando conseguem, retornam à escola tempos depois, para a EJA. Assim, não estudam com colegas bem mais novos e concluem o curso em um tempo menor. Segundo a Fundação Perseu Abramo, 20% dos meninos que largaram os estudos tiveram o primeiro filho antes dos 18 anos. Entre as mulheres, esse percentual é de quase 50%. Dessas, 13% se tornaram mães antes dos 15 anos, 15% aos 16 anos e 19% aos 17 anos.

Fonte: Revista Nova Escola

Equipamentos para uso escolar atraem a atenção da presidenta

Equipamentos como uma lousa eletrônica e um leitor em braile chamaram a atenção da presidenta da República, Dilma Rousseff, em sua visita à exposição de produtos do Seminário Gestão de Compras Governamentais – a Experiência da Educação, em Brasília. Esses aparelhos, produzidos para uso nas escolas públicas, foram apresentados a ela pelo ministro da Educação, Fernando Haddad.

A lousa eletrônica é composta de uma caneta e um receptor, que, acoplados ao projetor Proinfo (equipamento com computador e projetor ofertado pelo MEC aos estados e municípios), permitem ao professor trabalhar os conteúdos disponíveis em uma parede ou quadro rígido, sem a necessidade de manuseio do teclado ou do computador. O ministro destacou a interatividade com os conteúdos ensinados, além de uso da ferramenta como quadro digital. O equipamento está em processo de licitação para compra no Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE).

A presidenta afirmou que será feito um esforço enorme para que os equipamentos sejam adquiridos. “São produtos essenciais para os alunos e professores e com certeza contribuem para a educação”, disse.

Outra iniciativa que chamou atenção de Dilma foi o protótipo de um leitor em braile, que permitirá que alunos com deficiência visual escrevam e ao mesmo tempo ouçam o que escrevem. A ferramenta tem uma câmera digital que captura as imagens de um livro ou jornal, por exemplo, e transforma a imagem em texto em braile, gerando o áudio correspondente. O equipamento tem ainda um visor pelo qual o professor poderá acompanhar o trabalho do estudante.

O projeto é coordenado pelo FNDE e desenvolvido pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e pelo Instituto Federal do Ceará. O protótipo está em fase de testes e deve estar pronto em seis meses.

Durante a visita, a presidenta conheceu outros produtos adquiridos pelo Ministério da Educação. Ela entrou num dos barcos que faz transporte escolar na região Norte e nos ônibus escolares. Viu as novas bicicletas e uniformes, e também os laboratórios do programa e-Tec, que oferece ensino técnico na modalidade a distância.

No período da tarde desta quarta-feira, 14, o seminário continua com gestores e fornecedores do governo. Eles participarão de cinco oficinas sobre a busca da eficiência nos gastos governamentais, processos de controle interno e externo que visem a transparência nas aquisições de remédios e de equipamentos para hospitais universitários.

Fonte: Portal MEC

Ministro garante que Brasil tem cumprido metas de qualidade

“O Brasil está cumprindo as metas de qualidade estabelecidas para a educação”, disse o ministro da Educação, Fernando Haddad, ao participar nesta terça-feira, 13, da abertura do Congresso Internacional Educação – uma Agenda Urgente, promovido pela fundação Todos pela Educação. De acordo com o ministro, o Brasil inovou ao adotar um plano de metas de qualidade para o setor e está exportando o modelo para a América Latina.

“Temos razões para entender que as metas estabelecidas no Plano Nacional de Educação (PNE) são factíveis, que nós podemos honrar o país com o cumprimento dessas metas, com mais recursos, melhor gestão desses recursos, mais mobilização social, metas de qualidade e divulgação dos resultados”, afirmou Haddad. Segundo o ministro, o Brasil reúne todas as condições para ter uma segunda década de século importante caso chegue a 2020 com as metas do PNE cumpridas.

O congresso Educação – uma Agenda Urgente vai se estender até sexta-feira, 16, em Brasília. Estarão reunidos representantes das áreas educacional, acadêmica, de gestão e política para debater a valorização dos docentes, o fortalecimento do papel das avaliações e a definição de um currículo nacional básico.

Fonte: Portal MEC

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Cine Coelce - Linhas iluminadas

Pelo quinto ano consecutivo, o Cine Coelce leva crianças e adolescentes a viven- ciar a produção de um curta-metragem na Casa Amarela Eusélio Oliveira


Mais uma vez uma seleção entre 100 participantes, crianças e adolescentes, escolheu dez para uma senhora empreitada. Produzir aquilo que toda criança vê na TV e sonha em fazer um dia: um desenho animado. Mais do que isso, na verdade: um curta-metragem de cinco minutos, fruto de quatro mil desenhos sequenciados.

Essa é a experiência proporcionada pelo Cine Coelce, um projeto realizado pelo Núcleo de Cinema de Animação do Ceará (Nuca), da Casa Amarela Eusélio Oliveira (UFC), em parceria com a Coelce. Ao longo dos cinco anos em que a iniciativa foi realizada, cerca de 1 mil crianças de 40 bairros da periferia de Fortaleza e de municípios da Região Metropolitana foram beneficiadas.
Aprendizes
Andrezza, de 16 anos, moradora do Timbó, em Maracanaú, foi uma delas. Ano passado, soube da oportunidade por seu professor de teatro e fez os três dias de oficinas que culminam na seleção dos dez que iriam compor a turma responsável pelo filme.

Em 2010, aprendeu em apenas quatro semanas um pouco de tudo: história do cinema de animação, técnicas empregadas, produção de storyboard, arte-finalização e muitas outras noções. Fruto deste trabalho foi o curta "Caminhando para o Iguaçu", apresentado a todos os participantes do Cine Ceará, em pleno Theatro José de Alencar.

"Pra mim, que fazia teatro, sempre foi um sonho subir naquele palco com a plateia lotada. Só nunca pensei que isso ia acontecer por causa do cinema!", surpreende-se Andrezza.

Este ano, ela foi novamente selecionada pelo projeto, mas para ser monitora. Ela e Catarina foram as duas jovens escolhidas da turma passada para auxiliar na coordenação do novo curta. "É bom aprender, mas é melhor ainda poder ensinar o que se sabe", reforça a estudante.

Este ano, a organização fez diferente e selecionou filhos de funcionários da Coelce. Outras crianças, também filhas de funcionários, deverão ser espectadoras do vídeo, que será finalizado ainda essa semana. A apresentação acontece em outubro próximo, no Dia das Crianças.
Roteiro
O texto escolhido para o curta foi o livro "Papai no Trabalho", um institucional da Coelce adaptado em cenas. "São desenhos simples, de um único traço, que vão se transformando em objetos ao longo da narração", explica o cineasta Telmo Carvalho, coordenador do projeto. O nome escolhido para o produto foi "Herói Iluminado", ideia de Renata Jovino, de 12 anos.

"O personagem principal é um herói, porque é ele que garante a luz da cidade. O ´iluminado´ também é por conta da luz, mas não só isso, porque ele também consegue sair a salvo de um acidente, então o iluminado também significa abençoado, entende?", teoriza Renata, que já colaborou com pelo menos três cenas, ajudando no desenho e na coloração.

Apesar de acontecer apenas uma vez por ano, a atividade acaba se tornando um impulso para quem não havia pensado no cinema como um futuro profissional possível.

"Terminei agora os meus estudos e sempre pensei em fazer medicina. Mas por causa desse trabalho com animação, acho que vou fazer vestibular para Cinema e Audiovisual, aqui na UFC. É uma mudança radical, eu sei, mas me divirto tanto trabalhando com isso, que quero continuar", revela a monitora Andrezza, que será responsável ainda pela narração do curta-metragem.

"Caminhando para o Iguaçu", produzido no ano passado, após finalizado e apresentado no Cine Ceará, deverá agora concorrer em alguns festivais, já inscrito no Festival do Pequeno Cineasta, no Rio de Janeiro, e no Anima Mundi.

Fonte: Jornal Diário do Nordeste

Apenas uma escola cearense entre as 100 melhores no Enem

Apenas uma escola do Ceará figura na lista das 100 que tiveram melhor desempenho no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2010. Colégio cearense particular aparece em 93º na lista nacional.

As notas por escola foram divulgadas nesta segunda-feira (12) pelo Ministério da Educação, que adotou como critério a porcentagem de participação dos estudantes nos exames:
Grupo 1: de 75% a 100% (4.640 escolas)
Grupo 2: de 50% a 74,9% (5.444 escolas)
Grupo 3: de 25% a 49,9% (8.616 escolas)
Grupo 4: de 2% a 24,9% (7.399 escolas)

De acordo com informações divulgadas pelo MEC,a média de participação dos estudantes no Enem 2010 foi de 56,4%.
No Ceará, das 100 escolas com melhor desempenho dentro do Grupo 1, apenas duas são da rede pública de ensino. O Colégio Militar de Fortaleza, com média 665,41, foi o que teve o melhor resultado dentro da rede pública, ficando em 10º entre as escolas cearenses e em 348º na classificação nacional.
O colégio que apresentou o pior resultado do Estado foi a Escola de Ensino Fundamental Anastácio Alves Braga, em Itapipoca, com média 453,66 e 100% de participação dos alunos.

Classificação no grupo 2
Entre as escolas cearenses com índice de participação de 50% a 74,9%, há apenas uma escola pública entre as 10 melhores colocadas no grupo. O Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia do Ceará (IFCE) Campus Iguatu, foi a 9ª colocada, com média 590,21.
O pior resultado ficou com a Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio Luiza Bezerra de Farias, em Tururu, com a média 463,93.

As escolas têm até 30 dias para recorrer das notas obtidas no exame. No
site do MEC é possível consultar as notas de todas as escolas.

Fonte: Jornal Diário do Nordeste

domingo, 11 de setembro de 2011

Craque em matemática

Para se destacar em olimpíadas de matemática, o estudante Lucas Camelo, 17 anos, jura que não é preciso ser nenhum gênio. Ele diz que para se um aluno nota 10 é necessário apenas cultivar três palavrinhas: persistência, dedicação e organização. E olha que ele sabe o que fala, já que são sete anos de experiência no assunto. Confira a história do garoto!

Na época de escola, a gente tem que estudar tanto as matérias com as quais temos mais afinidade quanto aquelas que nos faz torcer o nariz. Geralmente, todo mundo se dá bem em literatura, português, língua estrangeira (se eu estiver errada, perdoem-me!) e arrisco, ainda, as demais opções na área de humanas como história, geografia e sociologia.

Agora, quando o assunto são exatas, tudo costuma ser bem diferente... Quem já não reclamou horrores das lições de matemática, física e química? E quem já não recebeu uma prova de uma dessas matérias com o coração batendo forte, morrendo de medo de tirar nota baixa? Pior é quando o professor não colabora e explica a matéria sem paixão. Certo?

No entanto, não adianta querer colocar a culpa só em quem conduz a aula. Assim é muito fácil e... injusto! Segundo o estudante Lucas Camelo, 17 anos, grande parte dos bons resultados nas áreas mais temidas depende do nível de envolvimento do aluno.

Vocês devem estar pensando: "ah, ele diz isso porque deve ser crânio, daqueles que ficam o tempo todo estudando". Não, galera. Lucas fala com a experiência de quem, há sete anos, se dedica à matemática, mas que continua também levando a vida como qualquer garoto de sua idade. "Não deixo de sair com os meus amigos", garante.

O estudante conta que foi aos 10 anos que começou a se sentir mais atraído pela matemática e resolveu frequentar as aulas de olimpíadas que, segundo ele, são mais interessantes e desafiadoras. Com o tempo, foi se familiarizando com aquela multidão de números e fórmulas e se destacando em provas locais. Até que começou a competir em outras cidades do país e até no exterior!

Lá fora, teve oportunidade de fazer provas na Argentina, Holanda, Romênia e até no Cazaquistão. E, o mais legal é que, em cada viagem, não são só os testes que importam. A oportunidade de conhecer outras culturas são uma experiência e tanto!

"Esses eventos duram, em geral, de seis a 10 dias. Os mais especiais foram na Holanda e no Cazaquistão, onde participei de olimpíadas super concorridas e pude conhecer pessoas de mais de 100 países, além de um pouco da cultura local".

Lá fora, o que Lucas mais curte é conhecer os diferentes hábitos alimentares. " Na Holanda, a gente provou várias panquecas e doces locais. Além disso, os habitantes de lá adoram batatas fritas. No Cazaquistão, comemos bastante carne de cavalo, comida típica. Lá também visitei uma praça que tinha estátuas de ursos decorados de acordo com as características de cada país. O urso brasileiro era que nem um índio!"

Outra lembrança inesquecível de Lucas também tem a ver com o Cazaquistão. "Enquanto a gente visitava um vilarejo, descobrimos um grupo de camponeses que não falava uma palavra sequer de português, mas sabia os nomes de todos os jogadores da seleção brasileira de futebol", conta.

O maior desafio enfrentado pelo garoto foi ser selecionado para participar da Olimpíada do Cone-Sul. "Eu já havia tentado participar da olimpíada duas vezes, sendo rejeitado em ambas. Na terceira tentativa, última a qual eu tinha direito, fui selecionado. Como resultado, obtive uma medalha de ouro, a única do Brasil nos últimos quatro anos".

Gostou do exemplo do rapaz? Ele dá o segredo para o sucesso em qualquer matéria: persistência, dedicação e organização. Todo dia, Lucas estuda. É sagrado. Agora, prepara-se para o vestibular (está no 3º ano), mas confessa que não decidiu ainda que curso fazer. A única certeza é que não quer ficar longe das ciências exatas.

´FIQUE ESPERTO!´
Processo de seleção de olimpíadas

Em geral, o aluno participa da Olimpíada Brasileira de Matemática (OBM) através de sua escola (Níveis 1, 2 e 3) ou Universidade (Nível Universitário). A Olimpíada Brasileira de Matemática é uma competição aberta a todos os estudantes dos Ensinos Fundamental (a partir do 6ª ano), Médio e Universitário - tanto escolas públicas quanto privadas.

Em torno desta competição, a Sociedade Brasileira de Matemática, em estreita cooperação com o IMPA, elaborou um projeto que visa empregar competições matemáticas como veículos para a melhoria do ensino no país, além de contribuir para a descoberta precoce de talentos em geral.

A primeira prova importante de um competidor começa justamente com a Olimpíada Brasileira de Matemática (OBM). Ela é dividida em três níveis de acordo com a série do aluno e em três etapas eliminatórias, começando no mês de junho.

No fim, dos aproximadamente 350 mil estudantes que participam, em torno de 150 são premiados (50 por nível).

São distribuídas medalhas de ouro, prata e bronze, além de menções honrosas.

Em janeiro, todos os medalhistas do ano anterior são convidados a participar de um evento chamado "Semana Olímpica", onde podem se conhecer e trocar ideias.

Tanto a hospedagem como a alimentação são custeadas pela Olimpíada.

Finalmente, ao término da Semana Olímpica, são iniciadas as provas que selecionarão as equipes brasileiras para participar as olimpíadas do Cone-Sul, Ibero-Americana e Internacional de Matemática.

Esse ano, tais eventos foram realizados na Bolívia, Costa Rica e Holanda, respectivamente. As equipes participantes apresentam, no total, entre quatro e seis componentes.

Tanto as três olimpíadas como a OBM são divididas em dois dias de prova, compostas, cada uma, por três problemas discursivos a serem resolvidos em até quatro horas e meia.