terça-feira, 26 de julho de 2011

Alunos da rede pública municipal recebem aulas teóricas e práticas de fotografia

Ao longo dos anos a fotografia vem sendo explorada das mais variadas formas. Alguns julgam como trabalho científico, outros como arte. O certo é que por trás das imagem resgatadas pela câmera fotográfica, existem uma série de ensinamentos e ideias que são embasados por quem as captura. Foi pensando nesse conceito de exploração da criatividade, que algumas escolas municipais de Fortaleza buscaram aderir ao projeto pedagógico de ensino a ferramenta da fotografia.

A Emeif Educador Paulo Freire foi uma das escolas que viu a necessidade de conciliar a técnica da fotografia ao ensino convencional. Para o diretor da escola, Francisco Soares, essa iniciativa foi consequência da criatividade expressiva dos estudantes. “Os alunos já tinham curiosidade com as imagens em movimento, daí vimos que a fotografia seria interessante e produtiva”.

Há seis meses existe esse trabalho na escola, e atende a 100 alunos do 2º ao 6º, e mesmo com pouco tempo de prática já são notórios os resultados. Francisco Soares afirma que os alunos aderem a técnica muito fácil. “Hoje eles já dominam a câmera fotográfica como se tivessem iniciado há muito tempo. Essa facilidade de aprendizagem se dá à vontade de aprender e de conhecer novas técnicas”.

As aulas acontecem duas vezes por semana com duração de 1h30, sendo divididas nos turnos da manhã e tarde, com 50 alunos cada período. A escola disponibiliza 5 câmeras fotográficas compactas digitais, e são divididas por grupos para as aulas práticas. Isso faz com que os alunos aprendam também a trabalhar em equipe.

A professora da atividade, Gecilane Mendonça, que há dois meses leciona na escola, diz que trabalhar com a captura de imagens na educação é importante para exercer não só a criatividade, mas também para os próprios alunos reconhecerem as suas realidades de vida e as dos outros. Ela comenta que o aprendizado é mútuo, e que os alunos têm muito a ensinar.

Para Jéssica Gomes Furtado, aluna do 4º ano, fotografar é interessante porque não fica só no âmbito de admirar. A estudante que pensa em ser fotógrafa profissional, diz que unir a teoria e a prática é importante para construir uma carreira. “Fotografar é muito legal, mas saber a história dessa atividade é bom porque te dá mais segurança”.

Tornar a fotografia algo lucrativo, além do entretenimento e conhecimento artístico, também é uma das metas que a escola propõe. Joseacy Alencar, coordenadora do Programa Mais Educação, ressalta a importâncias dos alunos perceberem essa prática como uma profissão, algo que possa dar um retorno financeiro para eles. “Um dos nossos objetivos também é formar profissionais da área, fazer uma atividade que dê lucro posteriormente”.

A coordenadora lembra que esse projeto é útil para tirar as crianças do mundo das drogas, pois preenche as lacunas do ócio. “Utilizar a máquina fotográfica de acordo com a visão de mundo deles, registrando o que é certo e errado. Poder capturar essa distinção ajuda-os a ter uma vida melhor e sem tantos riscos”.

Em junho deste ano, os alunos tiveram a primeira oportunidade de fazer um trabalho de campo, os estudantes visitaram o Museu Senzala, localizado em Redenção-Ce. Na ocasião, os futuros fotógrafos puderam não só admirar as relíquias, como fotografaram as antiguidades, pondo em prática, mais uma vez, as bases teóricas adquiridas na escola.
 
Fonte: Portal SME - Secretaria Municipal de Educação

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