domingo, 8 de janeiro de 2012

ESCOLAS PRIVADAS DEVEM INFORMAR REAJUSTE ANTES DA MATRÍCULA


Brasília.  Os pais cujos filhos estudam em escolas particulares precisam ficar atentos ao reajuste anual das mensalidades. De acordo com o diretor do Procon, Oswaldo Morais, o novo valor a ser cobrado deve ser previamente informado ao contratante.

Conforme a Lei 9870/99, o estabelecimento de ensino deverá divulgar em local de fácil acesso ao público o texto da proposta de contrato com o reajuste, além do número de vagas disponíveis, 45 dias antes da data final de matrícula. "O valor varia de escola para escola e cada instituição deve justificar o reajuste por meio de uma planilha de custos", disse o diretor, ao acrescentar que não há um limite previsto em lei.

Ele informou que se houver um aumento abusivo, o cidadão deve recorrer aos órgãos de defesa do consumidor. "Eles poderão aplicar sanções administrativas à empresa, como multa. A reparação pelos danos causados, o consumidor deverá recorrer à esfera judicial", explicou Morais. Caso o Procon não resolva, o processo será encaminhado para o Ministério Público.

De acordo com o presidente do Instituto Brasileiro de Estudo e Defesa das Relações de Consumo (Ibedec), José Geraldo Tardino, o valor das mensalidades só pode ter um reajuste por ano e deve contemplar a variação inflacionária do ano anterior e os efetivos aumentos de custos. "Se os aumentos de custos não forem comprovados, o reajuste pode ser declarado ilegal pela Justiça", disse.

Em uma escola particular de Brasília, o reajuste nas mensalidades varia de acordo com a série e o turno. O menor aumento da escola ficou em 9,45% e o maior em 9,7%.

Segundo o Sindicato das Escolas Particulares (Sinepe-DF) no Distrito Federal, o aumento oscila entre 9 % e 10%.

A estudante de direito Flávia Urcino disse que o reajuste na mensalidade vai pesar no bolso. "Fui olhar o boleto de pagamento do mês de janeiro e levei um susto. A mensalidade, que era de R$ 1.021, subiu para R$ 1.121, aumento que para mim é abusivo, são R$ 100 que eu poderia usar em outras coisas".

Fonte: Jornal Diário do Nordeste

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